Vivência na Aldeia

Coletivo Resistência

Aldeias indígenas no litoral de São Paulo

A Vivência na Aldeia é um projeto social, organizado pelo coletivo Cultive Resistência, que tem como objetivo a construção/reconstrução de Aldeias e a promoção dos conhecimentos tradicionais indígenas e sua cultura. Buscam desenvolver, em conjunto com a comunidade, ferramentas que possibilitem autonomia e empoderamento das aldeias através do fortalecimento e resgate da cultura indígena. 

 

 

Contato

Telefones: (13) 98171-6358 /

Site: https://vivencianaaldeia.org/

E-mails: contato@cultiveresistencia.org

Descrição

A Vivência na Aldeia é um projeto nômade que, desde 2012, circula por diversas aldeias do litoral sul de São Paulo buscando desenvolver, conjuntamente, ferramentas que possibilitem autonomia e empoderamento das comunidades. São aldeias especialmente de comunidades que tiveram há pouco tempo suas terras retomadas, mas que foram danificadas pelas ações de mineradoras. Todas as Vivências na Aldeia são organizadas de acordo com as necessidades de cada Aldeia, de forma coletiva, consensual  e horizontal, sem hierarquias, buscando construir juntos/as as soluções para cada demanda. Para a construção/reconstrução dessas aldeias, são utilizadas técnicas de permacultura, bioconstrução e a implantação de novos elementos buscando um planejamento sustentável aliado a conhecimentos tradicionais. Contudo, com a danificação das áreas pelas atividades de mineração, somente agora é que a floresta está começando a se regenerar. Por isso, a subsistência dos indígenas que vivem ali ficou atrelada ao feitio de artesanatos e colheita de plantas para venda em feiras livres. Sem fins lucrativos, toda renda envolvida nas Vivências é destinada aos custos dos eventos e a geração de renda nas aldeias onde ocorrem os eventos. Assim, busca-se promover um intercâmbio cultural e social, gerando elos permanentes, de conexão real, apoio mútuo e cooperação.

Coronavírus

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus e a consequente necessidade de isolamento social, porém, o trabalho foi sensivelmente impactado. As aldeias que viviam do intercâmbio de base comunitária, da venda de artesanato e palmito em feiras livres, tiveram  tudo paralisado. As vivências nas aldeias, que recebem pessoas de fora, não podem ocorrer; trabalho fora da aldeia, também não, porque senão a pessoa coloca a si e à comunidade em risco. Uma das fontes de renda descontinuadas, por exemplo, foi o ciclo de atividades Abril Indígena, em parceria com as unidades locais do Sesc.

Foi então que o projeto lançou algumas frentes para arrecadar dinheiro, garantir alimentação e prevenção nas aldeias neste momento crítico. Uma delas foi a criação de uma loja online para a venda de artesanatos. O grupo se propõe a cuidar de todo o trâmite de divulgação, venda, empacotamento e postagem nos correios. “Com o valor das vendas desses artesanatos, entramos em contato com as lideranças para ver o que precisam, compramos e levamos até a entrada da aldeia”, diz Ramos. Outra frente é a campanha Alimentação e Vida na Aldeia, que consiste na confecção de informativos sobre prevenção da Covid-19 e arrecadação de cestas básicas. “Na primeira entrega (que atendeu 110 famílias), tivemos um acesso mais próximo a todas as lideranças das aldeias e pudemos entender a urgência de fortalecer esse apoio. Vimos pessoas passando muita necessidade”, contam os organizadores. As cestas básicas oferecidas combinam alimentos básicos e tipicamente brasileiros, como arroz, feijão, café, óleo, açúcar e sal, a ingredientes tradicionais da cultura indígena, a exemplo da mandioca, batata-doce, milho e banana. Entram também produtos de higiene, como álcool gel, detergente e sabão em barra. Os itens tradicionais são, por sua vez, adquiridos de produtores locais de Peruíbe, que também foram afetados com a pandemia, uma vez que muitos restaurantes da região fecharam as portas.

 

Objetivos

O objetivo do Vivência na Aldeia é apoiar as comunidades na construção e nos novos aldeiamentos, utilizando técnicas de bioconstrução, permacultura, energia renovável, saneamento básico e ecológico etc., sempre a partir dos desejos das comunidades, promovendo o fortalecimento dessas comunidades e suas culturas.

 

 

Público-alvo

Comunidades Indígenas do litoral de São Paulo